Título: Arco-íris de nove cores
Autora: Any Palin
Editora: Chiado
Sinopse: "Desculpe-me, sua doença é degenerativa,
viverá no máximo 8 anos."
Calei-me e segui em frente, mas pouco sabia do que me
esperava pelos caminhos. A doença seria o menor de todos os problemas.
Any era uma criança quando recebeu a sentença de que
viveria no máximo oito anos. Ainda pequena, a vida iria lhe mostrar, através de
muitos infortúnios, que, mais do que as sete cores que compõem o Arco-Íris,
haveriam outras duas que o completariam realmente. Descobriu uma vida em preto
e branco, mas não estava disposta a caminhar sem cores. Ela via todas as cores
do mundo considerando outros pontos de vista e tendo fé. Aprendeu que paciência
e resiliência são sábios companheiros e que, nesta viagem, todo mundo tem de
buscar seu próprio Arco-Íris, e mais importante que isso, aprender a viver com
esse Arco-Íris de nove cores. Entre no mundo de Any e descubra como ela
conseguiu.
“Em
um momento da vida, a Any descobriu que a vida mais é do que um a questão de
pontos de vista, discernimento, complacência, paciência, fidelidade, coração, sangue
na veia, cair e saber levantar-se e, principalmente, o mais importante, saber
que apesar dos dias em preto e branco, o amanhã pode ser colorido.
Você
pode fazer os dias em preto e branco serem menos preto e branco. Talvez apenas
cinzento. Outros dias serão completamente coloridos, então, vive-los
intensamente é imprescindível. ” (Pg. 257)
Eu não me canso de dizer a vocês como é incrível quando um
livro, de qualquer gênero, toca a gente. Eu admito a vocês que não sou muito fã
de livros biográficos, mas quando é bem escrito e tem uma história incrível, me
ganha logo no começo.
Any já tinha história para contar desde antes de nascer e
elas não param por aí. Quando pequena percebeu que tinha certa fraqueja no
corpo, era magrinha e não conseguia movimentar algumas partes do corpo muito
bem. Depois de diversos exames ela foi diagnostica com Distrofia Muscular Duchene,
um tipo de distrofia que é quase exclusivamente do sexo masculino. Para piorar
Any e sua família foram informados de que ela viveria no máximo mais oito anos.
Imagina como é para uma criança ouvir que vai viver bem menos que o normal?
A partir daí muitas coisas aconteceram na vida de Any, mas,
pelo incrível que pareça, pouca coisa realmente se trata de como sua doença era
complicada e como ela odiava e tal, como a gente está acostumado a ver em histórias
assim. A verdade é que Any viveu cada momento da sua vida intensamente, do
jeito que ela queria e podia. Passou por todas as fases que nós passamos ou
vamos passar: a adolescência, a rebeldia, problemas com os pais, amores,
namoros conturbados, amizades boas, amizades ruins, momentos tristes, momentos
felizes, momentos divertidos, termino, casamento, viagens, tudo o que você imaginar.
Durante toda sua narrativa ela mostra o quanto é importante você viver cada dia
e descobrir que os dias tristes são necessários para os felizes virem.
Eu não vou escrever muito porque acho que perderia a graça.
Há tantas coisas, tantos momentos que parecem até mesmo bobos no livro, mas que
me fizeram refletir. Eu me identifiquei com Any em diversos aspectos e sei que
vocês também irão faze-lo.
Infelizmente, fui informada de que Any faleceu no dia
12/02. Ela era muito nova e tenho certeza que tinha muito mais a viver. Mas de
uma coisa eu tenho certeza, ela cumpriu sua missão. Any, onde quer que você esteja,
saiba que me tocou imensamente com suas palavras.
Termino essa resenha com uma das muitas frases maravilhosas
que encontrei nessa obra:
“O
meu desejo é que todos distribuam cores como puderem. Essa luz deve tocar a
todos, independentemente de religião, raça, idade, país. Deixe que a luz entre
e não deixe que um sopro de escuridão a apague nunca mais.” (Pg.
264)
Leiam Arco-íris de nove cores e emocionem-se com a história
de Any assim como eu.
Adquira em: Chiado Editora
Nenhum comentário:
Postar um comentário