Título: Cartas de amor aos mortos
Autor (a): Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Nota: ★★★★
Sinopse: Prestes a começar o ensino médio,
Laurel decide mudar de escola para não ter que encarar as pessoas comentando
sobre a morte de sua irmã mais velha, May. A rotina no novo colégio não está
fácil, e, para completar, a professora de inglês passa uma tarefa nada usual:
escrever uma carta para alguém que já morreu. Laurel começa a escrever em seu
caderno várias mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse,
Elizabeth Bishop… sem nunca entregá-las à professora.
Nessas cartas, ela analisa a história de cada
uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas
mortes. Ao mesmo tempo, conta sua própria vida, como as amizades no novo
colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.
Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só
quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que
poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar
a irmã como realmente era - encantadora e incrível, mas imperfeita como
qualquer um - é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.
Minha opinião: Li esse livro junto com a Nara do instagram @baguncaliteraria.365. Ela propôs a leitura e eu embarquei porque já tinha
escutado falar do livro e estava há um tempo querendo ler a obra. Quando terminei
a primeira coisa que me perguntei foi: porque não li antes?
Carta de amor aos mortos, embora traga uma
grande carga emocional no seu enredo, é uma leitura leve, rápida e que nos faz
refletir sobre inúmeras coisas do nosso cotidiano e nos faz reparar nas pessoas
ao nosso redor. Proposto na aula de inglês, o trabalho consistia em escrever
uma carta para alguém morto. Laurel faz sua carta, mas, diferente dos outros
alunos, ela nunca entrega. Além disso, ela continua a escreve-las, questionando
sobre vida e morte e contando um pouco da sua vida. O que é bastante notável ao
longo do livro é a forma como a Laurel é sozinha, mesmo quando tem muita gente
ao redor, daí a pergunta: quantas vezes já não nos sentimos do mesmo jeito? O passado
da protagonista é cheio de mistérios e a culpa vive encravada no peito dela
desde a morte da irmã. Quantas vezes não nos culpamos das coisas que acontecem?
Quantas não nos afastamos dos outros por medo do julgamento? Quantas vezes não
sentimos medo do que aconteceu e do que pode acontecer, medo dos nossos medos
virem à tona, se tornarem realidade e acabarem com a nossa vida? Dezenas de
perguntas desse aspecto ficam implícitas nas cartas escritas por Laurel e por
fim, quando consegue compreender que sozinha ela nunca resolveria nada e que
existem pessoas que realmente podem ajudá-la a vencer seus medos, a garota escreve
sua última carta aos famosos mortos e mais uma que daria fim ao seu passado não
resolvido. Com questionamentos inteligentes, um toque de bom humor e drama na
medida certa, Carta de amor aos mortos me prendeu da primeira a última página e
me fez refletir sobre coisas que até pouco tempo atrás eu julgava banal.
Vocês já leram? O que acharam? Deixe ai nos coments.
PS. – Adoro o Nirvana, a Amy Winehouse e o Heath
Ledger







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